domingo, 30 de novembro de 2008

TEM LA NA RÁDIO DO BLOG - O FEIJÃOZINHO AMIGO DA TIA SURICA

Capa do disco Fina Flor - Tem la na rádio Ziriguidum


Tia Surica além de uma voz única, é dona de uma culinária maravilhosa. Irei agora desvendar um de seus segredos, o feijãozinho da Tia Surica, ou como diria o mestre Monarco o feijão da Suriquinha, caneta e papel a mão, depois é só cozinhar, acessar nossa rádio diretinho do blog e se sentir na Portela.

Feijão amigo da TiaSurica da velha guarda da Portela (Receita)

1/2 kg de feijão preto ou mulatinho
02 folhas de louro
300 gr de toucinho fumeiro
200 gr de carne seca magra
06 dentes de alho
02 cebolas
cheiro verde
coentro (opcional) pimenta do reino sal

Modo de preparar
Cozinhar o feijão com as duas folhas de louro
Coar, retirando todos os caroços, que devem ser desprezados para essa receita - porém podem ser usados para tutu à mineira)
Reservar o caldo em uma panela grande, fazer um refogado, com um pouco de óleo, metade do alho socado, o sal e a pimenta doreino
Deixar dourar
Juntar o caldo de feijão
Mexa bem, com uma colher de pau, para engrossar e pegar gosto
Adicionar a carne seca (passar no liquifificador,para que o único vestígio dela seja o sabor) e o coentro,bem batidinho (opcional).
Cortar o cheiro-verde bem picadinho e reservar
Em outra panela, colocar a outra metade do alho socado para dourar na gordura do toucinho fumeiro (cortar empequenos pedaços), quando o toucinho fumeiro estiver bem frito - o toucinho entra no processo entes do alho- apague o fogo
Reserve
Servir o caldinho em copo de vidro ou em caneca.
Colocar por cima um punhado de torresmo e outro decheiro verde picado
Dica - Cada porção deve ser acompanhada de uma dose de uma boa cachacinha branca.
Deixar por perto um vidro de pimenta malagueta e limão
Fonte - Medeiros, Alexandre - Batuque na cozinha - As receitas e histórias das tias da Portela. SENAC RIOEditora/Casa da Palavra. por Fabio

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

DO TEMPO QUE MESTRE SALA USAVA NAVALHA E A ARMADURA ERA UMA CAMISA DE SEDA



Atualmente na "indústria" carnavalesca muitos Mestres Salas e Portas Bandeiras são contratados para "defender" a bandeira da escola onde o vínculo com a agremiação, vale tanto quanto o valor real da tinta de caneta usada para assinar o contrato de prestação de "serviços" para a agremiação. Porém deixando de lado a analogia comparativa do novo e velho carnaval, nos apeguemos a história e voltemos aos anos 30, onde nas disputas entre as escolas de samba, conhecidos na época como ranchos, os Mestres Salas eram literalmente os defensores do estandarte da escola. O baliza, hoje Mestre Sala, armado com uma navalha trajando roupas de cetim ou seda, vestimenta que evitava possíveis cortes de navalha, tinha a responsabilidade de defender sua companheira e o estandarte por ela carregado, pois neste período, era constante o risco delas serem arrebatadas por componentes de outros grupos desfilantes rivais. Alguns buscavam a origem da dança dos mestres-salas no gingado dos capoeiras, escondendo também em seus tradicionais leques uma afiada navalha a qual auxiliava na proteção do estandarte. No tempo dos ranchos, início do século, os homens eram quem carregavam os estandartes, motivo o qual alguns pesquisadores curiosamente apontam que a primeira Porta Bandeira das escolas de samba oficiais foi um homem, atribuindo tal pioneirismo ao sambista Ubaldo da Portela. Também pesquisadores como J. Efegê, considerado o maior cronista de todos os tempos do carnaval carioca, e Hiram Araújo, maior autoridade sobre história das escolas de samba, destacam em seus estudos que um dos mais famosos mestres-salas, ou balizas, dos antigos ranchos chamava-se Maria Adamastor, uma mulher. Com os primeiros concursos estes lugares começaram a ser melhor definidos; elas carregando os estandartes e eles cortejando-as com elegância e postura. O julgamento do Mestre Sala e Porta Bandeira passou a valer a partir de 1938, sendo considerado apenas a fantasia. A dança só começou a ser julgada em 1958 e o quesito Mestre Sala e Porta Bandeira é um dos principais elementos para a conquista do título da escola. Hoje existem escolas de Mestre Salas e Porta Bandeiras, os quais através de seus grandes mestres, buscam desenvolver talentos, mantendo viva a elegância do carnaval e o amor à escola simbolizado através de seu estandarte. Abaixo um vídeo destacando a importância deste aprendizado nos desfiles das escolas de samba onde vemos Mestre Delegado uma das maiores lendas carnavalescas na função de Mestre Sala do carnaval carioca, o qual possui 85 anos de Mangeira, desfilando 36 anos como Mestre Sala obtendo notas 10 consecutivas. por Fábio

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

PIPOCA E GUARANA - CHORINHOS E CHORÕES



Pipoca e guaraná é o espaço onde você clica e assiste a curtas sobre a vida, obra ou trabalho de um ilustre sambista ou figura contemporânea. Neste filme de 11 minutos narrado por Hugo Carvana com depoimentos de Lúcio Rangel são retratadas cenas valiosas de Raul de Barros tocando "Flor Amorosa" (Calado), Luperce Miranda mostrando seu "Picadinho à Baiana" e duas músicas com Déo Rian tabelando com o Época de Ouro: "Sofres porque Queres" (Pixinguinha) e o sensacional final, com "Mistura e Manda" (Nelson Alves). O choro já teve várias definições baile, musicata, concerto de flauta, violão e cavaquinho, música improvisada entre outros, sendo considerado na década de 20 apenas uma forma de tocar e não genêro musical, como hoje é reconhecido. No princípio estes conjuntos tocavam gêneros como o maxixe, a polca, a mazurca (gêneros europeus) que somados ao lundu africano, deram um caráter de improviso ao estilo. No final da década de 20, em função da influencia da música comercial americana sobre a cultura popular brasileira, muitos músicos aderindo a este processo, retransformam o estilo, e obras consagradas por músicos como Pixiniguinha, entre outros, ganham destaque. O choro instrumental passa a ganhar letra, chamando-se samba-choro; e com o acréscimo de instrumentos percurssivos ao gênero surge os conjuntos regionais de choro ou simplesmente "regionais". Na década de 60 com a grande migração de chorões à Brasília para trabalhos na Rádio Nacional, de uma reunião informal cria-se o primeiro Estatuto Oficial do Choro. Porém com a ascensão da bossa-nova, seguida da jovem guarda e outras ondas na década de 60 o choro passou por um período de ocaso. Para piorar Jacob, o maior líder dessa fase, morreu repentinamente em 69, deixando uma impressão de que o choro estava realmente morrendo. O pior é que em 73 foi a vez do maior gênio do estilo, Pixinguinha, ir embora. Hoje com o surgimento de novos talentos, selos independentes e o trabalho de vários blogs, muitas obras estão sendo resgatadas e novamente prestigiadas.
Clique no link em rosa ao lado, pega
a PIPOCA E GUARANÁ E ASSISTA CHORINHOS E CHORÕES

SE LIGA QUE EM 2009 TEM...











13 FEVEREIRO 2009 - FINAL DA ESCOLHA DA MARCHA PARA O BLOCO

24 MAIO 2009 - PRIMEIRO PROJETO 14 SAMBAS

16 AGOSTO 2009 - FEIJOADA PROJETO 14 SAMBAS QUILOMBOLA

29 NOVEMBRO 2009 - ULTIMO PROJETO 14 SAMBAS DO ANO

DATAS SUJEITAS A ALTERAÇÕES


domingo, 23 de novembro de 2008

TERREIRO DE SAMBAS E POESIAS..

Vaguininho

Deco


Saulo
Quando começa o Partido alto, onde a música de Xango da Mangueira dita o rítimo, a atenção se fecha para a roda de samba ; afinal um verdadeiro terreiro de compositores começa a afinar sua "lábia" e instrumentos e o samba promete. Porém tais obras primas não se limitam só a estes momentos; além das rodas de Partido Alto muita coisa acontece no Carnaval de nossa cidade ou nos momentos íntimos dos que compõem, onde sentimentos brotam sem um porque específico virando por consequência melodia e letra. Nas fotos algumas das muitas pessoas que fazem parte destes momentos; e abaixo alguns trabalhos que já foram gravados. Deco além de um disco editado na BMG(RJ), já teve seu trabalho apresentado no Samba da Vela de São Paulo; enquanto Vaguininho dono também de muitas composições, tem alguns trabalhos gravados por vários grupos, além de estar sempre presente com sambas enredo na cidade de Piracicaba e ter parceiras importantíssimas como a que se deu com o músico Alessandro Penezzi, na música Tiro no Escuro, postado abaixo, quando ambos tocavam no Grupo Oitava Cor. E não para por aí, em 2009 teremos um trabalho de inéditas feito por Saulo, agora é aguardar. por Fábio
Gustavo

Leba

Contatos com a rapaziada que compõe através do email do projeto (projetoquatorzesambas@gmail.com)

ALGUMAS MUSICAS DE DECO

ALGUMAS MUSICAS DE VAGUININHO

sábado, 22 de novembro de 2008

MADRINHA EUNICE FUNDADORA DA PRIMEIRA ESCOLA DE SAMBA DE SÃO PAULO (LAVA PÉS) É PRATA DA CASA



Falemos de Deolinda Madre, cidadã piracicabana, e fundadora da primeira escola de samba de São Paulo. Madrinha Eunice como foi conhecida, fundou a Lava Pés na capital paulistana; fato diga-se muito ousado à sociedade da época, sendo a mesma mulher, negra e pobre. Em 1937 se inspirando no córrego da antiga rua dos Lavapés, onde negros e viajantes tinham de limpar seus pés para pisar na "parte nobre" da cidade, como ela mesma contou, fundou-se a mais antiga escola de samba em atividade na cidade de São Paulo. Talvez intuída, Madrinha Eunice, à partir deste momento, dentro do cenário em que vivia, juntou sobre a proteção do estandarte de sua escola de samba todos os instrumentos e elementos para que este grupo de pessoas conseguisse ganhar a cidade. Cantando músicas de Carmem Miranda e outras populares de seu tempo a escola foi conseguindo popularidade; se transformando na matriarca de várias escolas do carnaval paulistano, como Vila Mariana e Peruche, vencendo na década de 40 e 50 dezenove carnavais e rompendo muitos paradgmas. Hoje porém a mesma vive uma realidade diferente, ao contrário de muitas co-irmãs; com o surgimento do que muitos chamam de "evolução" carnavalesca, a escola perdeu, se é que podemos assim chamar sua notoriedade. Eunice apostando no tradicionalismo, fez com que a escola perdesse a "competitividade" dentro da evolução de nosso atual carnaval moderno. Em 95 com 87 anos, Madrinha Eunice morreu, passando o estandarte para Rosimeire Marcondes de Moraes, 39, sua neta, a qual sabe de cor a história da escola de coração de sua avó. Hoje esquecida na baixada do Glicério, sem sede própria e sem quadra para ensaio, Rosemeire luta para manter viva a chama da Lava Pés, ícone do samba e da cultura paulista que jamais deveria ser esquecido pelo povo brasileiro. por Fábio
Abaixo um vídeo da escola de sambas Lava Pés com a participação especial do Marcão de nosso Projeto 14 Sambas

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

TODO O ACERVO DE HERMINIO BELLO DE CARVALHO



Na última semana foi inaugurado o site com o acervo do compositor, produtor musical, escritor e poeta Hermínio Bello de Carvalho. Em seu currículo trabalhos importantes como os antológicos espetáculos "Rosa de Ouro" (1965), que lançou no cenário artístico Clementina de Jesus, Paulinho da Viola, "Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim, Zimbo Trio e o Época de Ouro" (1968), além dos musicais "É a maior" (1970), com Marlene, esse em parceria com Fauzi Arap (co-autor e diretor do show), "Festa Brasil" (Europa, Estados Unidos e Canadá), "Face à Faca" (1974), com Simone, "Te pego pela palavra" (1975), com Marlene, "Caymmi em Concerto" (1985), "Chico Buarque de Mangueira" (1998) e outros com Herivelto Martins, Radamés Gnattali & Camerata Carioca e Luiz Gonzaga. Também foi o idealizador do Projeto Centro de Memória de Mangueira, depois implementado pela Fundação Roberto Marinho como "Memória em Verde e Rosa" e do importantíssimo "Projeto Almirante", com autores excluídos do circuito comercial (com igual número de discos, que vêm sendo relançados em CD, através da Fundação Cultural Itaú), além de muitos outros projetos de igual valia. por Fabio
Quer saber mais então é só clicar aqui Acervo Herminio Bello de Carvalho

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

TEM LÁ NA RÁDIO DO BLOG- O CANTO DOS ESCRAVOS



Axé Zumbi, Viva Palmares
Para presentear o dia 20 de Novembro

Em 1982 Clementina de Jesus, Geraldo Filme e Tia Doca, interpretaram cantigas ancestrais dos negros benguelas, de São João da Chapada, em Diamantina, Minas Gerais. A tal trabalho deu-se o nome de O Canto dos Escravos, um dos títulos mais corajosos e importantes de toda a discografia brasileira. Neste trabalho os cantores interpretam cantigas em língua africana, ouvidas outrora nos serviços de mineração na Chapada da Diamantina, conforme descrito no livro O Negro e o Garimpo em Minas Gerais, obra publicada em 1943 pela editora José Olympio. Outra característica do disco é a ausência de instrumentos harmônicos. Acompanham os três cantores, a percussão de troncos, xequerês, enxadas, cabaças, atabaques, agogôs, ganzás, caxixis e afoxés tocados por Djalma Corrêa, Papete e Don Bira. Quanto a seus intérpretes, todos dispensam comentários Geraldo Filme, grande compositor, cantor de vozeirão profundo, foi, na definição de Osvaldinho da Cuíca, o grande articulador, a "cabeça pensante" do samba paulistano. Tia Doca, nascida Jilçaria Cruz Costa, manteve por décadas um pagode dominical que ajudou a manter vivo o samba de raiz carioca; sua participação no disco foi sugerida por Clementina de Jesus, que foi revelada ao mundo aos 64 anos, depois de ouvida, num botequim da Lapa, centro do Rio, por Hermínio Bello de Carvalho. Este trabalho é de vital importância na concepção e interpretação das raízes que originaram o samba e as vertentes das expressões culturais do povo afrodescendente deste período.

Ouça O Canto dos Escravos na Rádio Ziriguidum, é só clicar nos links a direita do blog. por Fábio
Na foto Clementina de Jesus, Tia Doca e Geraldo Filme

terça-feira, 18 de novembro de 2008

PIPOCA E GUARANA: NEM SÓ DE NOVELA VIVE UMA EMISSORA, GRAÇAS A DEUS!!!




Quem foi que dissse que sambista não acorda cedo? No alto do Pão de Açúcar um encontro inenarrável. Uma excelente reportagem de Marcos Uchoa e do Bom Dia Brasil, um samba no céu. reunindo vários ícones do samba e do carnaval brasileiro no alto do Pão de Açúcar, em um encontro onde os únicos benificiados foram o samba, o carnaval e a alegria. por Fábio
.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

PAPO DE BAMBA - 3ª EDIÇÃO - MUSSUM "FORÉVIS"



Uma vez por mês o Projeto 14 Sambas publicará aqui informações sobre ilustres sambistas mostrando um pouco de sua obra, vida e luta em prol do Samba e do cotidiano brasileiro. De origem humilde nascia no morro da Cachoeirinha no dia 7 de abril de 1941 Antonio Carlos Bernardes Gomes, mais conhecido como Mussum da Mangueira. Em seu currículo participações no grupo Originais do Samba e trabalhos e filmes como humorista no grupo os Trapalhões. Serviu a força aérea durante 8 anos, foi o fundador do grupo os Sete Modernos o qual posteriormente deu origem ao Originais do Samba. Mussum recusou vários convites do grupo os trapalhões antes de participar de seu elenco, se tornando ao aceitar o convite, o único afrodescendente a integrá-lo, um marco para época. Apaixonado pela Mangueira, todos os anos sua figura era vista durante os desfiles da agremiação no meio da Ala das baianas, da qual era diretor de harmonia, perdendo raramente um ensaio. No entanto o que pouca gente sabe é que Mussum fez três trabalhos solos, "Agua Benta" em 1978, "Descobrimento do Brasil" em 1980 e o último em 1986 de nome "Mussum". Ele sempre foi um profundo conhecedor de sambas e segundo depoimento de seu amigo Dedé Santana “ele era o único dos Trapalhões que não representava um personagem. O tempo todo, Mussum era ele mesmo: alegre, brincalhão, risonho, querido por todos não precisando do menor esforço para ser engraçado..."
No link abaixo você poderá baixar o disco de 1980 "O Descobrimento do Brasil", com músicas assinadas por grandes bambas do samba como Geraldo Babão, Walter Moreira, Baden Powell, Ari do Cavaco, Eduardo Gudin, Paulo César Pinheiro, Almir Guinéto, Beto Sem Braço entre outros, e no vídeo abaixo uma apresentação raríssima do Grupo Originais do Samba o qual deu grande notoriedade a Mussum como sambista. Clique no link (em rosa) e baixe o disco ISTO É PAPO DE BAMBA. por Fábio
(Atenção: Este link encontra-se na Internet através de blogs e não é de responsabilidade dos membros do Projeto 14 Sambas devendo ser deletado de seu micro no período máximo de 24 horas.Recomendamos que adquiram o cd na intenet através de sites como www.buscape.com.br ou similares preservando os direitos do ator)

domingo, 16 de novembro de 2008

VOU APRENDER A LER, PARA ENSINAR MEUS CAMARAS

Na foto Zumbi dos Palmares
Esta semana como alguns sabem é a semana da Consciência Negra, estava procurando sambas que traduzissem este movimento e sentimento, quando em minhas caminhadas cibernéticas, me deparei com este samba canção de Roberto Mendes e Capinam, interpretado pela cantora Carolina Soares que trata sobre o "Semba" patriarca de nosso samba, o sentimento da vinda dos negros ao cativeiro; onde no final da canção, com uma bela metáfora, os compositores afirmam que aprendendo a "ler" a situação atual, pode-se contribuir para que muitos "camaradas" rompam as invisíveis amarras da submissão.por Fábio
Clique e ouça
Yaya Massemba
Que noite mais funda calunga
No porão de um navio negreiro
Que viagem mais longa candonga
Ouvindo o batuque das ondas Compasso de um coração de pássaro No fundo do cativeiro
É o semba do mundo calunga
Batendo samba em meu peito Kawo Kabiecile Kawo Okê arô oke
Quem me pariu foi o ventre de um navio
Quem me ouviu foi o vento no vazio
Do ventre escuro de um porão
Vou baixar o seu terreiro
Epa raio, machado, trovão
Epa justiça de guerreiro Ê semba ê Samba á o Batuque das ondas Nas noites mais longas
Me ensinou a cantar Ê semba ê Samba á Dor é o lugar mais fundo
É o umbigo do mundo É o fundo do mar
No balanço das ondas Okê aro Me ensinou a bater seu tambor Ê semba êSamba á
No escuro porão eu vi o clarão Do giro do mundo
Que noite mais funda calunga No porão de um navio negreiro
Que viagem mais longa candonga
Ouvindo o batuque das ondas Compasso de um coração de pássaro
No fundo do cativeiro
É o semba do mundo calunga
Batendo samba em meu peito Kawo Kabiecile Kawo Okê arô oke
Quem me pariu foi o ventre de um navio
Quem me ouviu foi o vento no vazio
Do ventre escuro de um porão Vou baixar o seu terreiro
Epa raio, machado, trovão Epa justiça de guerreiro
Ê semba ê ê samba á é o céu que cobriu nas noites de frio minha solidão
Ê semba ê ê samba á é oceano sem, fim sem amor, sem irmão ê kaô quero ser seu tambor
Ê semba ê ê samba á eu faço a lua brilhar o esplendor e clarão luar de luanda em meu coração
Umbigo da cor abrigo da dora primeira umbigada massemba yáyá massemba é o samba que dá
Vou aprender a ler Pra ensinar os meu camaradas!
Vou aprender a ler Pra ensinar os meu camaradas!

sábado, 15 de novembro de 2008

SUCESSO À TODOS


No último domingo 09 de novembro, mais uma vez tivemos um projeto perfeito. Na sociedade 13 de Maio aproximadamente 300 pessoas brindaram nossa última edição do 14 Sambas de 2008 com um ambiente festivo, amigo e cultural, como todo samba tem de ser. Nós do projeto, só temos a agradecer pelos frutos que estão sendo colhidos.
Um salve à organização, músicos, nossa cozinha, amigos, ao Mestre Zequinha do Grupo Raízes de Angola e a todos que nos prestigiam.

Para ver mais fotos acesse nosso perfil no orkut, no link ao lado

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

O SAMBA SOCIAL DE HILÁRIA BATISTA DE ALMEIDA, NOSSA TIA CIATA



O samba é social, por favor não o rotulem somente a cantorias, cavacos e violões afinados, ele é transformador, sutil e articulador, desmonta paradgmas, cria novos universos se remoldando como todo bom brasileiro.
Hilária Batista de Almeida nossa Tia Ciata, ou Tia Asseata como era chamada pelos mais íntimos, tem e sempre terá papel importantíssimo na história do samba brasileiro. O texto abaixo retrata de forma objetiva sua importância e influência na fixação deste ritmo em nosso país.
No contexto do qual resultou a fixação do samba no Rio de Janeiro nos últimos anos do século XIX e nos primeiros do século XX, a presença das chamadas "tias" baianas foi da maior importância, sob qualquer ângulo que se estude a questão.
Como guardiãs da cultura popular que elas mesmas transportaram de Salvador para o Rio de Janeiro como transmissoras dessa mesma cultura para seus descendentes e para os que delas se aproximaram na nova terra; como sacerdotisas de cultos e ritos herdados de ancestrais e legados ao futuro; como festeiras eméritas, mestras na arte do samba, versadoras, improvisadoras, cantadeiras, passistas e mesmo como cozinheiras absolutas, mantendo por dias os fogões acesos e os quitutes quentinhos para os que vinham "brincar o samba" em seus casarões em festanças que chegavam a durar uma semana.
Tia Bebiana, Tia Preseiliana de Santo Amaro, Tia Veridiana, Tia Josefa Rica eram assim também e tantas outras mais. Porém ao ser focalizada a história do samba, o nome que aparece com mais destaque, citado nas entrevistas dos contemporâneos como
João da Baiana, Pixinguinha, Donga
, entre outros e por todos os historiadores, é o de Hilária Batista de Almeida, a Tia Ciata para a maioria, Tia Asseata para alguns.
Casada com João Batista da Silva, um negro também baiano que havia cursado - sem concluir - medicina em Salvador e ocupava bons empregos no Rio, por conta de seu preparo, Ciata reinava absoluta no casarão da rua Visconde de Itaúna onde segundo Pixinguinha "tocava-se choro na sala e samba no quintal". Tal divisão era explicada pelo fato de ser o choro tolerado pela polícia, enquanto o samba era considerado coisa de marginais e perseguido. Como a posição social dos donos da casa estava acima do habitual, gozando de certo prestígio perante as autoridades, usava-se o disfarce do choro na sala da frente e sambava-se à vontade no quintal sem que a polícia batesse à porta.
Mãe-de-santo afamada, Tia Ciata festejava seus orixás, sendo famosas suas festas de São Cosme e Damião e de sua Oxum, Nossa Senhora da Conceição. Nas festas profanas suas habilidades de partideira a destacavam nas rodas de partido-alto, e seu neto Bucy Moreira aprendeu com ela o segredo do "miudinho", uma forma de sambar de pés juntos que exige destreza e elegância, no qual Ciata era mestra.
Além de cozinheira perfeita, a baiana tinha mão abençoada para doces, no testemunhar de quantos os saborearam. Vestida de baiana, também os comercializava pelas ruas do Rio de Janeiro e com tino comercial alugava roupas de baiana para outras vendedoras, chegando a manter uma equipe só sua de ambulantes nas ruas.Já viúva, reverenciada como rainha (no Carnaval os ranchos desfilavam sob sua janela), figura exponencial da Festa da Penha, faleceu em 1924 cercada do respeito de pessoas de todas as camadas sociais da cidade. por Fábio (Fonte http://www.cifrantiga2.blogspot.com/)
A seguir um depoimento de Donga reafirmando sobre as raízes do samba brasileiro é só clicar no link a seguir, depoimento de Donga

terça-feira, 11 de novembro de 2008

PARTIDEIRAS? CLARO, ISTO É SAMBA DE RAINHA


Tem lá na Rádio Ziriguidum

Não traduza estes rostos jovens e bonitos somente a fragilidade feminina. Trata-se do grupo de samba paulista, composto exclusivamente por mulheres, chamado Samba de Rainha. Na bagagem apresentações na quadra da Rosas de Ouro, eventos de rua como a Festa da União, da Vila Madalena, Vila Mariana, Traço de União, nos clubes Palmeiras e Transatlântico, teatro da Galeria Olido, Museu Brasileiro de Escultura, Boteco Bohemia além de diversos bares e casas noturnas, onde seu samba envolvente e "pegada" para sambista nenhum botar defeito empolgam a todos que presenciam suas rodas de samba. O grupo surgiu para reafirmar que a participação da mulher nos sambas, a exemplo de outras divas como Aparecida, Dona Ivone Lara, Clementina, Leci Brandão e tantas outras, não se restringe somente a beleza, inspiração e sensualidade. No repertório Martinho da Vila, Ataulfo Alves, Monarco, João Nogueira entre outros, além da exibição de vários trabalhos de composição própria como em seu último belíssimo disco postado na rádio de nosso blog, é a força e competência da mulher paulistana no samba de qualidade.por Fábio
Contatos e maiores informações do samba de rainha através do site: www.sambaderainha.com.br

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

CANDEIA, QUEM MANDOU DUVIDAR, QUEM MANDOU, QUEM MANDOU DUVIDAR!!



Seja em trono de rei ou em sua cadeira, Candeia sempre lutou pelas suas tradições e raízes africanas, demonstrando através do samba de partido alto e em muitas de suas letras introspectivas, a importância de extrair e apresentar na vivência cotidiana expressões onde a influência da veia africana se fez presente. Exemplo disto no vídeo é o "miudinho", que hoje só é dançado de pés juntos e rasteiramente, por imitar as festas das senzalas; onde os escravos, impossibilitados de locomoção devido as pesadas e curtas correntes que aprisionavam seus pés, só conseguiam sambar desta forma nas poucas folgas existentes em seus fadigantes dias de exploração.
Neste vídeo Candeia também nos dá uma aula de samba de partido alto, mostrando seus fundamentos, variações e importância; um vídeo rodeado de muita informação e africanidade, elementos os quais o mestre destacava como vitais para manutenção das raízes africanas. A chama não se apagou e nem se apagará, quem mandou duvidar, quem mandou, quem mandou duvidar?. por Fabio

sábado, 8 de novembro de 2008

DICA PARA LEITURA: NO PRINCIPIO ERA A RODA




Neste livro Roberto Moura faz um passeio sobre roda de samba, samba e escola de samba abordando aspectos etnológicos, sociais e culturais das mesmas juntamente com seu processo de organização; retirando de seu aparente aspecto anárquico seu sentido social. Moura resgata modificações interessantes; como a que se deu na década de 60, onde com o surgimento da estrutura ditatorial imposta as esolas de samba, na chamada "ditadura do samba enredo "criou-se entre os sambistas movimentações importantes, como o Zicartola, Rosas de Ouro e teatro Opinião; onde sambistas como Zé Ketti e João Nogueira sentindo-se mais a vontade do que nas quadras iam com intuíto de discutir cotidiano e interpretar seus sambas. Uma ótima dica de leitura.por Fábio

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

"VELHA PORÉM MUITOS ANOS DE GLÓRIA"


Estava lendo um artigo sobre um desfile carnavalesco do Rio de Janeiro no ano de 2005 publicado na revista Bravo em setembrdo de 2008.
Um dos carros da Velha Guarda da Portela quebrou, carro este que tinha como destaque um grupo formado principalmente por fundadores da Portela, que reunidos foram barrados na Marquês de Sapucaí pela própria diretoria sob o triste pretexto de manter a cronometragem do desfile. Segundo o autor do artigo "muitas lágrimas, eles não despertavam piedade nem se mostravam frágeis: ao contrário, eram pessoas indignadas e ofendidas, íntegras e ostensivamente alheias, com sua história, às malversações na condução da escola"
Atualmente me preocupa o fato do desrespeito a tradições e a absurda inoperância na criação de novos mecanismos que criem estímulos à processos de transformação social. Dinheiro, luxo e fama são os motores de muitas pessoas e trabalhos que falsamente se denominam culturais, e como não poderia deixar de ser, nossa indústria cultural conduz ladeira abaixo com seu famigerado ópio, talentos e movimentos de resistência que poderiam combater este processo de massificação.Até quando? Respeite suas tradições por Fabio
No vídeo abaixo 2 cenas do filme sobre Paulinho da Viola, onde Monarco destaca a relação do compositor com a Velha Guarda e em contra partida a importância que Paulinho da a eles como acréscimo em seu potencial criativo.


quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O QUINDIM QUE VIROU SAMBA



O que acontece quando dois monstros sagrados da música,Adelino Moreira e Lupicinio Rodrigues, se deparam tendo de compor uma música em pouco mais de meia hora de um tema que ambos desconheciam? Só poderia nascer dois sambas de sucesso é claro, profetizou Flávio Cavalcanti.
Os militares podiam mandar no Brasil durante os anos de chumbo, mas na TV quem ditava as regras era Flávio Cavalcanti, um apresentador franzino porém de porte napoleônico. Falo das décadas de 1960/70, quando a TV Tupi era a maior rede brasileira e Silvio Santos não passava de um empregado de Roberto Marinho.
“Isso deu samba” era um dos quadros do seu programa. Flávio levava ao palco um popular cuja tarefa se resumia a contar uma história pessoal. Inspirados na desventura do participante, dois compositores consagrados deveriam fazer um samba em poucos minutos. Ao final da composição, um intérprete o cantaria ali mesmo, ao vivo, e o júri escolheria a melhor canção.
Um senhor de cara engraça e voz idem conta sua história: “Seu Flávio, meu nome é Alcides, mas meu apelido é ‘Quindim de mulher’. Eu não sei por que toda mulher que olha pra mim se liga e gama. É loura, morena, é furta-cor… todas!”
Na disputa, os inacreditáveis Adelino Moreira e Lupicinio Rodrigues.
Flávio dá uma ordem. A competição começa. Adelino põe-se a cantar num tom claudicante. Emílio Santiago, logo atrás, galante como um astro Blaxploitation, observa atento. A cantora Cláudia Regina dá continuidade.
No júri, a jornalista Marisa Raja, de cabelos curtíssimos como Elis Regina, entre a névoa branca que escapa do cigarro do maestro Erlon Chaves, demonstra real interesse. Maysa, séria, de sobrancelhas finíssimas quase inexistentes, parece entediada. Fernando Lobo rói a unha e, súbito, quebra a munheca.
Entra Lupicínio Rodrigues, casaquinho de lã e óculos de armação preta como os de Jânio Quadros. Chega de mansinho, já fazendo sinal para diminuir o andamento da música. Não adianta. No primeiro verso, perde o fio da meada. Pára, retoma o fôlego e recomeça. Emílio Santiago, exibindo um sorriso tão alvo quanto a camisa que veste, aguarda sua vez de entrar. É ele quem defende a música feita por Lupicínio minutos antes. Abraçando o compositor, chega soltando o gogó.
O radialista Humberto Reis dá um trago profundo no cigarro, o resto do júri se encanta com a música e a platéia não se contém. Aplausos entusiasmados. Maysa, olhos semicerrados, observa séria com o cigarro ardendo entre as falanges. Fumar, como se nota, era elegante. Emílio continua a sua interpretação, cheio de ginga, do samba instantâneo. A câmera flagra Maysa esboçando um sorriso rápido, a diva parece ter se rendido à composição de Lupicínio. Mais aplausos.
Flávio Cavalcanti se antecipa: “Assim nasceram dois grandes sambas hoje”, e joga em seguida a decisão para os jurados.
Uma disputa finíssima. por EMILIANO MELLO site "O Samba é meu dom"


terça-feira, 4 de novembro de 2008

O QUE É O SAMBA DE RODA?


No último projeto de 2008 o Mestre Zequinha do Grupo Raízes de Angola residente em nossa querida cidade de Piracicaba, mais uma vez nos brindará com uma belíssima apresentação. O samba de roda é carregado de muito respeito, sendo tradicionalmente afro-brasileiro. Visivelmente ele esta associado a uma dança com traços característicos da capoeira e do maculelê, com muitos instrumentos percursivos, chulas e cantos tradicionalmente afros.
Um dos mais tradicionais sambas de roda do Brasil é o Samba de Roda do Recôncavo Bahiano. Em artigo enviado ao Projeto 14 Sambas, mestre Zequinha falou-nos que esta dança, sem sombra de dúvidas, é uma das manifestações artísticas de aparição mais constantes na trajetória da humanidade. Metre Zequinha também comentou que o samba de roda é a "forma de culto, atenuante do cansaço daqueles que mourejaram sol a sol, um meio de sedução, opção de lazer, em verdade não importa, o importante é que cada uma dessas manifestações traz em si informações preciosas sobre a identidade cultural do povo que a concebeu".
Com esta preocupação encontramos hoje pessoas que preservam estes registros tão sutis de nossas raízes, seja através do estudo teórico ou de sua prática constante. "Eu, Mestre Zequinha tento, através de minhas pesquisas ou da prática da Capoeira Angola e do Samba de Roda, contribuir para a preservação dessas duas importantes manifestações da cultura brasileira".
O samba de roda tem como berço a cidade de São Gonçalo mas encontra raízes fortíssimas em outros locais do Recôncavo Baiano, principalmente em Santo Amaro e Cachoeira.
A história do Samba de roda começa a muitos anos atrás, quando os negros eram capturados e trazidos para o Brasil. Na condição de escravos, traziam junto com eles os ritmos e a musicalidade. Hoje, o Samba de roda é considerado patrimônio imaterial da humanidade. Uma de suas características é que os seus componentes nunca podem tirar os pés do chão, devem sambar saltitando e nunca sambar para trás. Deve haver muito respeito entre os brincantes, as vestimentas, as improvisações e brincadeiras são livres, dependendo da criatividade de cada um. Os instrumentos para se fazer um bom samba variam muito de região para região, mas geralmente se usa pandeiro, viola, berimbau, pedregulhos, agogô, palmas de madeira e palmas de mão. As letras do canto quase sempre carregam maliciosamente um duplo sentido, os versos são curtos e respondidos por todos da roda. Todos que praticam ou estudam esta arte contribuem para a preservação da cultura brasileira. por Fabio e
Mestre Zequinha "Grupo Raízes de Angola"

No vídeo abaixo duas manifestações folclóricas: A primeira dos moradores de Acupe, em uma festa tradicional que representa a libertação dos escravos intitulado de Nego Fugido , e no segundo momento a apresentação de Samba de Roda Tradicional de um grupo São Gonçalo, um vídeo muito rico por seus detalhes.


segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O Fundo de Quintal e a renovação sem Mário Sérgio



Depois de 18 anos o músico e compositor Mário Sérgio deixa o grupo Fundo de Quintal, conforme declarações ao jornal Extra do Rio de Janeiro sua partida foi amigável e se deu a um desejo em realizar novos trabalhos. "Depois de tanto tempo no grupo, cheguei à conclusão de que já fiz o que tinha que fazer no Fundo. Conversando com algumas pessoas, disse que gostaria de seguir em carreira solo e aí surgiram propostas de gravadoras para fazer meu disco" disse o músico ao jornal , que afirmou continuar seguindo a linha de samba, porém deseja desenvolver trabalhos de Bossa Nova e sons mais swingados como Jorge Ben Jor.
Questionado sobre o repertório de seu novo trabalho e das lembranças no grupo Mário Sérgio disse que continuará cantando músicas do Fundo de Quintal, "Foram anos ótimos. Viajamos pelo mundo todo, fizemos vários amigos. Somos a formação mais duradoura e com mais êxito da história do Fundo de Quintal, a mais premiada. E todos nós, eu, Arlindo, Sombrinha, Aragão, Almir Guineto, não saímos do grupo, nós continuamos fazendo parte dele".
Quanto ao Fundo de Quintal, Byra Presidente em entrevista ao mesmo jornal disse que o grupo viu a saída de Mário Sérgio de forma tranquila, "nós temos uma base muito forte. Eu, Ubirany e Sereno, fundadores, não podemos sair nunca. Nós construímos essa história. E agora formamos talentos. O Fundo de Quintal é um trampolim para os bons artistas. Quem for bom aproveita o que aprendeu aqui e se dá bem depois. Espero que isso aconteça com o Mário Sérgio", segundo Byra o Fundo de Quintal sempre esteve passando por um processo de transformação, destacando trabalhos carnavalescos executados através do Cacique de Ramos que para o mesmo sempre será a faculdade do Samba, mesmo sem o merecido reconhecimento no Brasil.
Ao que parece o Fundo de Quintal já está a procura deu um substituto, e nós entusiastas, torcemos que neste processo de renovação o samba seja o real vencedor. por Fábio

domingo, 2 de novembro de 2008

PIPOCA E GUARANÁ - 2ª EDIÇÃO - MORTE E VIDA BEZERRA DA SILVA




Pipoca e guaraná
é o espaço onde você clica e assiste a curtas sobre a vida, obra ou trabalho de um ilustre sambista ou figura contemporânea. Nestes 2 documentários podemos perceber a relação de Bezerra da Silva com os compositores das músicas que ele cantava.

No primeiro documentário de "O DIA EM QUE O BAMBU QUEBROU NO MEIO" de Arthur Muhlenberg e Pedro Asbeg, com duração de 10 minutos, cenas do velório de Bezerra e da tristeza de seus parceiros e familiares ; enquanto que no segundo documentário "ONDE A CORUJA DORME" de Márcia Derraik e Simplício Neto, com 15 minutos, compreendemos a importância deste cronista do morro e sua visão social perante o cotidiano das favelas que representava em suas canções. Nestes documentários vemos que estes excluídos sabem muito bem quem são os responsáveis por seus problemas sociais, e confundí-los somente com uma massa de manobra é uma atitude erronea que pode fazer com que o feitiço vire contra o próprio feiticeiro. Como Bezerra dizia o pior analfabeto é o analfabeto político. Pega a Pipoca e o guaraná e assista morte e vida Bezerra da Silva, é só clicar nos links que estão em verde. por Fábio