Antes de assistir aos desfiles, estava com uma idéia de postar algo totalmente diferente ao que escreverei neste e nos posts que virão com relação ao carnaval no sambódramo da Sapucaí. Porém três fatos me deixaram reflexivo, sobre como uma visão do macro pode interferir e diminuir a percepção sobre a real mágia que envolve os desfiles carnavalescos, magia esta que envolve nossas próprias vidas mas a rotina impede que a percebamos. Dentro da Sapucaí Neguinho da Beija Flor casavasse , mestre Taranta com os dedos dos pés amputados comandava a bateria da escola Mangueira e o gari Renato Sorriso, encantavam e acolhiam vários telespectadores. Durante alguns minutos estes atos sucumbiram a ditadura da visibilidade, do luxo e da auto promoção, elementos tão presentes em nossos desfiles, comprovando que elementos aparentemente simples podem se tornar extraordinários se a enxergarmos com os olhos da magia do samba . É sobre estes fatos descritos acima que irei comentar nos posts que virão, porém antes quero compartilhar uma música composta pelo sambista bahiano Batatinha, sobre a emoção que o envolvia nos dias de carnaval, emoção esta que se confunde muito com os momentos acima, com vocês a letra Direito de Sambar interpretada aqui pela cantora Adriana Moreira.
Direito de sambar
É proibído sonhar
Então me deixe o direito de sambar
É proibído sonhar
Então me deixe o direito de sambar
O destino não quer mais nada comigo
É meu nobre inimigo
E castiga de mansinho
Para ele não dou bola
Se não saio na escola,Sambo ao lado sozinho
É proibído sonhar
Então me deixe o direito de sambar
Já faz dois anos que eu não saio na escola
A saudade me devora
Quando vejo a turma passar
E eu mascarado, sambando na avenida
Imitando uma vida que só eu posso enfrentar
Tudo é carnaval
Pra quem vive bem
Pra quem vive mal
Tudo é carnaval
Pra quem vive bem
Pra quem vive mal
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