Benditas sejam as pessoas que preocupadas com a manteneção de nossa cultura popular criam e revitalizam espaços, criando alternativas de sinergia entre o passado e o futuro. Foi exatamente isto que aconteceu no final da década de 1990 no bairro da Lapa, onde junto com seu processo de revitalização cultural, também se revitalizou as boas experiências das noites boêmias; propiciando o surgimento de novos talentos (como se deu com Tereza Cristina e o Grupo Semente), além do ressurgimento de sambistas esquecidos pela nossa Indústria Cultural. Foi neste ambiente que surgiu o grupo Galocanto. Mestre Ivan Milanês comandava uma roda de samba na Rua Joaquim Silva, em um local que não era propriamente um bar, mas toda quinta-feira, seu dono criava um ambiente onde o samba rolava na calçada até altas horas. Os sambista Pablo Amaral e Léo Costinha faziam parte do grupo oficial da mesa de Milanês, o “Além da Razão”, formado por jovens da Zona Norte da cidade. Já Rodrigo, Lula e Pedro eram assíduos frequentadores nesse samba. E como encontro de bons sambistas sempre gera empatia, todos rapidamente se tornaram amigos. Ali se formou um elo que com muito samba e amizade deu origem ao Galocanto. O grupo já teve participações consagradas em suas rodas de samba como Xangô da Mangueira e Paulinho da Viola. Atualmente eles fazem o projeto O Terrerio do Galo que é a roda de samba que reúne centenas de pessoas no melhor clima de amizade e alegria, é uma excelente opção para quem gosta de curtir o domingo na Cidade Maravilhosa e começar a semana com uma tradicional roda de samba. Particularmente vejo este grupo como uma prova viva que a qualidade pode desvencilhar dogmas impostos pela nossa Indústria Cultural gerarando excelentes trabalhos de composições autênticas os quais nossos ouvidos serão eternamente gratos. Ainda dúvida? Então vai la conferir...por Crâ
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