"Chô Chuá cada macaco no seu galho..." Riachão
Uma vez por mês o Projeto 14 Sambas publicará aqui informações sobre ilustres sambistas mostrando um pouco de sua obra, vida e luta em prol do Samba e do cotidiano brasileiro: Com 87 anos é impossível ver e não se contagiar com a figura deste alegre sambista e cronista musical da cidade de Salvador. Ator, músico e figura clássica da Bahia Riachão vivenciou todas as transformações pelas quais passou a música popular brasileira e os meios de comunicação no decorrer do século XX.
Nascido no bairro de Fazenda Garcia, em Salvador, onde reside até hoje, já foi alfaiate, contínuo de banco, vendedor de cachorro-quente e por 20 anos trabalhou na Rádio Sociedade da Bahia.
O apelido "Riachão" lhe foi dado quando ainda era adolescente: "Eu fazia uma pose de brigão e ganhei a fama de Riachão, termo que os baianos usam para falar de gente difícil" conta o mesmo.
Atualmente Riachão é considerado um dos mais importantes sambistas de raiz da Bahia, ao lado de Batatinha, Panela, Walmir Lima, Ederaldo Gentil, Nélson Rufino, Garrafão, Goiabinha, J. Luna, Roque Ferreira e Edil Pacheco, sendo um expoente da era de ouro do rádio baiano nas décadas de 1940 e 1950.
No mundo cinematográfico atuou em alguns filmes, entre eles "A Grande Feira", de Roberto Pires em 1961 e "Pastores da Noite", de Marcel Camus em 1972.
Lançou o primeiro LP, "Sonho de malandro" no ano de 1973 quando ainda trabalhava como office-boy do Banco de Desenvolvimento do Estado da Bahia (Desenbanco) , patrocinado pelo próprio banco. Segundo relatos de testemunhas da época, convidado para cantar 'Cada macaco no seu galho' no programa radiofônico de França Teixeira, por coincidir a entrevista com o horário de seu expediente no banco, pelo telefone, Riachão não só cantou como ainda convidou funcionários e clientes para ajudá-lo no coro.
Riachão teve diversas músicas interpretadas por monstros da MPB como Caetano Veloso , Carlinhos Brown, Tom Zé , Armandinho, Dona Ivone Lara e Cássia Eller.
Um de seus últimos trabalhos foi o disco Humanenochum em 2001, que segundo o mesmo quer dizer "Homem humano que ama a mulher e não a maltrata", dedicado à sua mulher Dalva.
No ano de 2001 o cineasta Jorge Alfredo compila o documentário "Samba Riachão" onde brilhantemente transmite toda a importância, irreverência e identificação deste sambista com o cotidiano cultural baiano.
Entre suas diversas participações, destacam-se a de 2004 no projeto "Brasil de todos os sambas", que constituiu em uma série de shows do Centro Cultural Banco do Brasil reunindo representantes do samba de vários Estados do país e também em 2005 da roda de samba promovida por Gilberto Gil no evento "TIM PercPan 2005".
Sempre portando toalha no pescoço, visual irreverente e sorriso no rosto Riachão é sinônimo vivo da influência baiana no samba de raiz.
Abaixo cenas do Documentário "Samba Riachão" e no link a seguir o disco Humanenochum Isto é Papo de Bamba é só clicar e baixar
(Atenção: Este link encontra-se na Internet através de blogs e não é de responsabilidade dos membros do Projeto 14 Sambas devendo ser deletado de seu micro no período máximo de 24 horas.
Recomendamos que adquiram o cd na intenet através de sites como www.buscape.com.br ou similares preservando os direitos do ator)
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Papo de Bamba - 2ª Edição - Riachão
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