quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Próxima Homenagem, dia 25 de Abril de 2010!
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Histórias do Carnaval
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Sombrinha
Montgomery Ferreira Nunis, paulista de São Vicente, é mais conhecido como Sombrinha, cantor, compositor, cavaquinista, bandolinista, banjoísta e violonista. E um dos fundadores do grupo Fundo de Quintal, junto com Almir Guinéto, Jorge Aragão, Bira, Ubirani, Sereno e Neoci. Autodidata, Sombrinha começou cedo a tocar. Aos 14 anos, ganhou do pai um violão de 7 cordas e passou a tocar em casas noturnas. Em 1977, aos 18 anos, já era profissional, e gravou com Baden Powell e Originais do Samba. Dois anos depois, estava na cidade do Rio de Janeiro. Além do grupo Fundo de Quintal, ele tem em seu currículo, vários sucessos. Em 1980, compôsMarcas no leito, com Jorge Aragão, sucesso na voz de Alcione, depois regravada por Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, o próprio Aragão, Ivone Lara, Chico Buarque e Caetano Veloso, entre outros. Ao longo da carreira, colecionou 10 Prêmios Sharp de Música, desde os tempos de Fundo de Quintal. Três deles, como melhor composição, para as canções Além da razão, Nas rimas do amor e Ainda é tempo pra ser feliz.
CONFIRA: Trechos de algumas entrevistas cedidas por Sombrinha.
COM QUE IDADE COMEÇOU A CARREIRA DE MÚSICO? Comecei muito cedo. Aos 14 anos ganhei um violão de sete cordas do meu pai e comecei a tocar em casas noturnas. Hoje, além do violão, toco cavaquinho, banjo e bandolim. Em 1977, quando completei 18 anos, já tocava profissionalmente. Foi aí que gravei com Baden Powel e os Originais do Samba.
VOCÊ TEVE ALGUMA INFLUÊNCIA MUSICAL? Existem várias, como Chico Buarque, Paulinho da Viola, Pixinguinha, Jacó do Bandolim. Meu pai fazia rodas de choro, e desde menino, acompanhava meu pai. Sempre respirei a boa música.
TEM ALGUÉM QUE ALÉM DE INCENTIVO TENHA TE AJUDADO NO INÍCIO DA SUA CARREIRA? Meus grandes amigos Almir Guineto, Jorge Aragão e Neoci, que fundou o grupo Fundo de Quintal, foram sem dúvida pessoas que me incentivaram a dar o pontapé inicial na minha carreira.
EXISTE ALGUMA DIFERENÇA ENTRE O SAMBA QUE ERA FEITO ANTIGAMENTE DESTE QUE É PRODUZIDO HOJE EM DIA? A diferença é que o samba daquela época foi uma revolução melódica. Acabou acontecendo.Nós íamos para o terreiro cantar músicas, mas inéditas e fizemos uma escola. Em 1984 foi que a coisa arrebentou de vez mesmo. O pessoal de hoje faz pagode, com músicas que tocam na rádio. Na nossa época, o Beto Sem -Braço vinha e mostrava uma música e depois que ele mostrava todo mundo já aprendia e cantava junto.. eu, o Jorge Aragão, o Zeca, o Arlindo Cruz. E isso criou um movimento muito forte de compositores e músicos. E hoje nós somos referência. Já o pagode é um estilo que foi criado, que eu não tenho nada contra. Acho que é válido. Eu costumo dizer que cada um faz o que sabe.
TU QUE JÁ RECEBESTE VÁRIOS PRÊMIOS, ENTRE ELES DEZ DO SHARP DE MÚSICA, QUAL É A CONTRIBUIÇÃO DESTES PRÊMIOS PARA O SAMBA? Acho que é a melhor possível. Veja bem, de todos os sambas, você ganhar como melhor compositor, é maravilhoso! É o reconhecimento de um trabalho que foi construído ao longo de quase 30 anos. Foram dez prêmios Sharp de Música, sendo três como compositor. Vale esse reconhecimento e eu tenho muita estima pelos prêmios de música do Brasil. Causa uma certa segurança para a gente fazer cada vez melhor.
TENS COMO APONTAR UM ARTISTA QUE TU CONSIDERE A REVELAÇÃO DO SAMBA? Para mim, todos são contemporâneos, não tenho como apontar. Eu acho, sinceramente que depois do Fundo de Quintal a coisa parou, não teve criação e novidade dentro do samba. Tanto como movimento,tanto como compositores.
HOUVE ALGUM MOTIVO PARA TER SAÍDO DO FUNDO DE QUINTAL, PARA FORMAR DUPLA COM ARLINDO CRUZ? Nenhum motivo em especial. Larguei porque já estava desgastado para mim. Já havia 12 anos que estava no Grupo. Queria fazer uma coisa diferente, como misturar as músicas com choro, valsa... Uma coisa que tivesse mais a minha cara, e lá eu não tinha esse espaço. Então, sai e formei dupla com Arlindo, que durou sete anos. Foi uma fase de sucesso. Gravamos cinco discos.
VOCÊ DESMANCHOU A DUPLA PARA LANÇAR CARREIRO SOLO. MAS VOCÊ E O ARLINDO CONTINUAM AMIGOS? Sim. Somos amigos. Ele é o meu compadre. Cada um está seguindo sua vida agora.
ASSISTA: Ensaio com Arlindo Cruz e Sombrinha, pela TV Cultura, programa de Fernando Faro.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Almir Guineto
Almir de Souza Serra nasceu no dia 12 de julho de 1946 no Morro do Salgueiro, Rio de Janeiro. Criado em meio a músicos de primeira linha como Geraldo Babão, Antenor Gargalhada e muitos outros, Guineto cresceu influenciado pela veia sambista de seu pai, Iraci de Souza Serra, respeitado violonista e integrante do grupo Fina Flor do Samba, e de sua mãe, Nair de Souza Serra – a “Dona Fia”, costureira do Salgueiro e figura ancestral do samba. Dono de uma voz inconfundível, única, rascante, o cantor, músico e compositor ingressou aos 16 anos no grupo Originais do Samba, fundado por seu irmão mais velho, Francisco de Souza Serra – o “Chiquinho”, onde tocou por dez anos. O “Rei do Pagode” - como ficou conhecido – conduziu a bateria do Salgueiro por 15 anos e ao sair deixou o posto para seu irmão mais novo, o lendário “Mestre Louro”. No final dos anos 70, em meio à alta sonoridade dos couros de tantãs e pandeiros da época, Almir adapta o banjo americano ao samba do Cacique de Ramos. Também é neste período que Guineto começa a se destacar, durante os pagodes, como versador imbatível, partideiro incontestável, devido à sua criatividade e divisão de tempo na aplicação das rimas de improviso. Apoiado por Beth Carvalho, Almir Guineto oficializaria em 1980 a fundação do Grupo Fundo de Quintal, ao lado dos parceiros Neoci, Jorge Aragão, Sombrinha, Bira, Ubirany e Sereno. Após a gravação do disco “Samba é no Fundo de Quintal”, Almir deixaria o conjunto a partir de 1981 para cantar em carreira solo. Almir Guineto é hoje grande representante do pagode, compositor assíduo, voz marcante e tem raízes profundas na história do samba.
ASSISTA: Zeca Pagodinho interpreta Lama nas Ruas, parceria com Almir Guineto.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Arlindo Cruz
Arlindo Domingos da Cruz Filho (Rio de Janeiro, 14 de setembro de 1958). Aos sete anos, o menino ganhou o primeiro cavaquinho. Aos 12 começou a aprender violão com seu irmão, Acyr Marques. Entrou para a escola Flor do Méier, onde estudou teoria, solfejo e violão clássico por dois anos. Ainda novo começou a fazer rodas de samba e conheceu Candeia, padrinho considerado de Arlindo, com quem gravou seus primeiros discos, tocando cavaquinho. Ao completar 15 anos foi estudar em Barbacena MG, na escola preparatória de Cadetes do Ar, mas não abandonou a música. Cantava no coral da escola. Começava, então, a nascer o compositor Arlindo Cruz, que ganhou festivais em Barbacena e Poços de Caldas. Quando deixou a Aeronáutica, passou a freqüentar a roda de samba do Cacique de Ramos, que já revelava novos talentos. Lá, conheceu seu principal reduto de samba, onde ganhou reconhecimento musical como compositor e instrumentista. Com a saída de Jorge Aragão do Fundo de Quintal, foi convidado a participar do Grupo. Foram 12 anos de dedicação e projeção nacional. Saiu do Fundo de Quintal em 1993 e começou um carreira solo, logo depois fez parceria com Sombrinha. Tem mais de 550 músicas gravadas por diversos artistas. Hoje goza de grande aclamação popular e é um dos compositores mais ativos do país. A impressão que fica é que, mesmo envolto pela indústria cultural, Arlindo não perde suas raízes e tem mãos batizadas em berço esplêndido de sambistas. Hoje, juntamente com Zeca Pagodinho, Maria Rita e Marcelo D2, Arlindo Cruz causa uma profunda (re)transformação do samba na sociedade. Romper paradigmas é acabar com preconceitos.
ASSISTA: Neste vídeo estão Arlindo Cruz e Sombrinha, no Programa Ensaio da Tv Cultura.