quinta-feira, 30 de abril de 2009

DELCIO CARVALHO O CANTOR POETA




E o cantor virou poeta. Mestre Délcio Carvalho é uma destas figuras incríveis. Sempre atencioso em seus contatos, se intitula um cantor que virou poeta. Com composições emotivas e boas reflexões suas musicas conotam encantos imediatos nos ouvintes. Autor de clássicos como Acreditar, Sonho Meu, Minha Verdade entre tantos outros sucessos, quando seu nome foi proposto como possibilidade para um de nossos projetos os votos foram unanimes. Parceiro de Dona Ivone Lara, ao citar o que é trabalhar junto a amiga ele afirma: "Minha parceria com Dona Ivone Lara foi um momento mediúnico" o que é facilmente visivel nas musicas onde a cinergia é perfeita. Um outro grande parceiro de Carvalho foi outro mestre, de nome popular entre os sambistas, ninguem menos que Silas de Oliveira. Delcio afirma que os momentos ao lado de Silas era sempre divididos entre aprendizado e devoção, dada a simplicidade de Silas e também sua devoção ao carnaval. Mestre Delcio Carvalho defende a necessidade do "mercado cultural" rever conceitos para que mais poetas do povo surjam no cenário do sambístico. Abaixo você pode conferir as musicas que serão tocadas em homenagem a este inteligente, sensível e amistoso "cantor poeta". por Fábio

quarta-feira, 29 de abril de 2009

RODA DE SAMBA EM PROL DO MANIFESTO QUILOMBOLA


Convidados:
Roda de Samba Comunidade Quilombola.
Músicos Convidados (Juca Ferreira/Sandra Rodrigues/Saulo Ligo).


Parceria e Apoio: Clube 13 de Maio, Bar Cruzeiro,
Banda Séculu’s, Músicos Convidados e Simpatizantes.

Local: Clube 13 de Maio.
Data: 03/05/2009 (Domingo).
Horário: das 14h00 às 19h00.

Ingresso: R$ 5,00.
Obs: - Vai ter televisão no ambiente para acompanhar a final do Campeonato Paulista.

Os valores arrecadados com a venda dos Ingressos serão revertidos para ajudar na realização do Ato Público das Comunidades Quilombolas em Brasília no dia 18/05/2009 (conforme Manifesto Quilombola abaixo).

MANIFESTO QUILOMBOLA

Entre os dias 16 e 19/04/2009, ocorreu na comunidade Quilombola de Ivaporunduva, município de Eldorado no Vale do Ribeira (SP) o Encontro Estadual das Comunidades Quilombolas e a construção do Manifesto em Defesa dos Direitos Quilombolas.

O Manifesto se faz necessário tendo em vista a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) n° 3239 de 25/06/2004, interposta pelo então Partido da Frente Liberal (PFL), hoje denominado Democratas (DEM), objetivando tornar nulo o Decreto n° 4887/2003 que tem por finalidade “Regulamentar o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos Quilombos”.

Pode-se dizer que todas as conquistas para demarcação e titulação das terras de Quilombos baseados no Decreto n° 4887/2003 podem retroceder caso a ADIN seja julgada procedente, e com isso, mais uma vez, será sacrificada a cultura, a história e os direitos dos povos de Quilombos do Brasil, bem como de toda nação brasileira.

Com a intenção de evitar esse retrocesso, a Coordenação Estadual das comunidades Quilombolas e a CONAQ (Coordenação Nacional de Quilombos) realizarão no dia 18 de maio de 2009 em Brasília um Ato Público reunindo o maior número possível de Quilombolas e simpatizantes, para chamar a atenção das autoridades governamentais quanto ao julgamento da ADIN n° 3239, aproveitando a Consulta Prévia da “Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial”, que ocorrerá na mesma data e local.

Mediante a gravidade e urgência dos fatos mencionados, faz-se necessário a união de esforços e a mobilização do maior numero de pessoas e de instituições no sentido de apoiar esta iniciativa. Assim pode se garantir o deslocamento do maior número de Quilombolas ao Ato Público em Brasília e o sucesso de mais este passo em busca da liberdade e da justiça plena em favor dos povos Quilombolas do Brasil.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Um pouco mais sobre o 14 Sambas e a Comunidade Quilombola

Entrevista dada ao programa Guion da TV Universitária sobre o Projeto 14 Sambas e a Comunidade Quilombola. Um grande salve para Vanessa e o amigo Rober da TV Unimep pela força que sempre nos são dadas.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

terça-feira, 14 de abril de 2009

Nesta Quarta 15/04 Programa ensaio as 22:15 - Orquestra Bomba do Hemeretério na TV Cultura


Neste programa, Fernando Faro recebe a Orquestra Popular da Bomba do Hemetério, comandada pelo irreverente Maestro Forró. Bomba do Hemetério é um bairro da zona norte de Recife muito rico em cultura popular. Lá, entre as décadas de 30 e 50, Seu Hemetério possuía uma bomba manual de água onde as pessoas iam buscar água, daí surgiu o nome do bairro.A Orquestra começou em meados de 1990, quando Maestro Forró iniciou um trabalho de pesquisa, manutenção, leitura e interação entre as linguagens da música “bombense” e da música de outros lugares. Ela é formada por músicos que nasceram e moram até hoje na Bomba do Hemetério. No repertório do programa, músicas como “Frevando na Bomba do Hemetério”, “Suburbano”, “Dadinha no passo”e “Bolada nas Costas”.

É por isto que eu vivo no "CLUBE DO SAMBA" nesta gente bamba eu me amarro de montão...



Hoje vou falar do Clube do Samba, este espaço coletivo que gerou belas composições e parcerias no início dos anos 80. O carioca João Nogueira sempre foi um defensor do samba, aprendendo musica com seu pai que além de advogado era músico profissional, já adolescente compôs sambas para blocos carnavalescos do Méier no Rio de Janeiro. Mesmo no auge de sua carreira jamais abandonou seus valores culturais. Foi baseado nestes valores, em uma época que o samba começava a ser abafado pelas imposições da Industria Cultural, ficando o mercado fonográfico e a mídia apenas preocupadas em garantir seu famoso "jaba", que em 1979 João fundou o Clube do Samba, instalando este espaço em sua própria residência, no Méier bairro onde nasceu. Um verdadeiro pagode surgiu no lugar com muita bebida, comida, gente bamba e música. Martinho da Vila, Clara NuneS, Nei Lopes, Aniceto do Império e Roberto Ribeiro eram presenças frequentes no local. Basicamente o Clube do Samba era um espaço onde vários músicos talentosos se reuniam nos finais de tarde das sextas feiras para discutir, trocar idéias, beber uma cerveja bem gelada e discutir os rumos que a cultura e o samba estavam tomando. Neste espaço onde Jão Nogueira era tido como Presidente, ele viveu o que declarava ser os melhores momentos da vida, alimentando a esperança de que no Clube os diversos pares, parceiros e colaboradores conseguiriam mostrar aos mais jovens, que mesmo envoltos a tantas sensuras e especulações, as maninfestações culturais e coletivas poderiam possibilitar um futuro mais crítico e porque não dizer melhor. No vídeo abaixo João presta uma homenagem a Clara Nunes cantando a Mineira no Clube do Samba.por Fábio

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Como hoje é segunda feira vamos no compasso do malandro ou melhor malandra

Filha de Martinho Mart'nalia é...
E é neste compasso de alegria, cadência e malandragem que desejamos que sua semana siga. Com vocês Mart'nália.

Dica de DVD - Martinho da Vila - O pequeno burguês

Uma conversa de "buteco" este é o tom deste DVD onde Martinho confortavelmente fala e canta várias histórias de sua carreira, ladeado de sua família e músicos incríveis. O riso é certo e a sensação que se tem é de estar no próprio butequim do Martinho. Historias de desfiles antológicos da Vila Isabel, a "dureza" para se gravar o primeiro disco e fatos da vida de bom malandro de Martinho este belíssimo trabalho. Abaixo uma pequena amostra destre grande trabalho, para como dizia meu avô, "lhe atiçar a lombriga". por Fábio

domingo, 12 de abril de 2009

Papo de Bamba - Olha o partido alto aí - Gravado ao vivo nos 40 anos de Mangueira - 1968


Uma obra raríssima de um time de peso. Um album que reune a nata do partido alto, partideiros de várias agremiações compõem este trabalho comemorando os 40 anos da Verde e Rosa; do tempo em que malandro para entrar em samba de partido alto, além de respeito tinha de ter coragem, dada a importância dos encontros. Monarco já afirmou que nos tempos de mocidade observava os partidos de longe, dado o cultuísmo deste tipo de samba. Neste albúm tem os partideiros Aniceto, Xangô, Padeirinho, Zagaia e Jorginho. De ritmistas Jurandir, Jorginho, Birinha, Tião, Setembrinho, Rogério, Martinho e claro as pastoras Dagmar, Neide, Rosileia, Lêda, Nair porque samba sem pastoras não é samba. Segura que ISTO É PAPO DE BAMBA por Fábio

1 - Quem mandou duvidar (Jorge Zagaia - Padeirinho)
2 - Mana cadê meu boi (José Bezerra - Jorginho)
3 - Não vou a pé (Miro - Padeirinho)
4 - Coração em Festa (Xangô - Padeirinho)
5 - Quando eu Vim de Minas (Xangô)
6 - Eu Não Sou o que Ela Pensou (Jorginho e Setembrinho)
7 - Vem Rompendo o Dia (Xangô)
8 - Diretor de Harmonia (Jorge Zagaia e Padeirinho)
9 - Quem é? (Aniceto)
10 - O Namoro de Maria (Xangô e Aniceto)
11 - Teve que voltar (Padeirinho)

Atenção: Este link encontra-se na Internet através de blogs e não é de responsabilidade dos membros do Projeto 14 Sambas devendo ser deletado de seu micro no período máximo de 24 horas.Recomendamos que adquiram o cd na intenet através de sites como http://www.buscape.com.br/ ou similares preservando os direitos do ator)

Programa Ensaio 22/04 as 22:15 na TV Cultura - Arlindo Cruz


Neste programa, Fernando Faro recebe o sambista Arlindo Cruz. Nascido no bairro da Piedade, no Rio de Janeiro, Arlindo considera que sua base musical foi formada em Madureira, onde viveu ao lado de grandes artistas, como Candeia, que é sua grande referência.Arlindo Cruz conta que é o sambista mais gravado de todos os tempos, com mais de 500 músicas registradas por artistas como Alcione, Maria Rita, entre outros. Por isso, considera-se mais compositor do que cantor. Arlindo lembra dos grandes sambistas do Império Serrano, sua escola do coração, como Mestre Fuleiro, Aluizio Machado, Hélio dos Santos e Dona Ivone Lara, para quem compôs ao lado de Sombrinha “Canto de Rainha”. O músico fala do período em que participou do grupo “Fundo de Quintal”, que é uma grande escola, não só para ele, mas para todos os sambistas da nova geração.No repertório do programa, músicas como “Meu lugar”, “O que é o amor”. “Aquarela brasileira” e “O show tem que continuar”.

sábado, 11 de abril de 2009

Acesse nossas Rádios direto do blog Samba de Fato e Cristina Buarque no Album o "Samba Informal de Mauro Duarte"

Inaugurando a Rádio Ziriguidum 2 em nosso blog: Some a presença da pesquisadora e cantora Cristina Buarque com o pessoal talentoso do Samba e você terá o tom deste album. Além de composições emocionantes o álbum ainda tem a participação de Paulo Cesar Pinheiro em algumas faixas embelezando ainda mais o trabalho. Conforme o pessoal do blog Vermute com amendoim definiu: "De Garrincha a Paulinho da Viola, de Nilton Santos a Walter Alfaiate, o bairro de Botafogo sempre foi celeiro de craques. Mauro Duarte esteve na linha de frente do samba de Botafogo. Nos botequins, nos terreiros, nas rodas, a presença do Bolacha era tão contínua quanto a água que jorrava do pinto do Manequinho. Dezoito anos depois de sua morte, o grupo Samba de Fato e a cantora Cristina Buarque realizam a maior homenagem já prestada ao sambista, com o lançamento do álbum duplo “O samba informal de Mauro Duarte”, pela Deckdisc. São trinta faixas, entre inéditas, raridades e fragmentos de músicas completadas pelo parceiro Paulo César Pinheiro, a partir do repertório escolhido pelo cantor, violonista e produtor do disco Alfredo Del-Penho, que integra o Samba de fato ao lado de Pedro Miranda (voz e percussão), Paulino Dias (percussão e voz) e Pedro Amorim (bandolim e voz)". por Vermute com amendoim


Os "Messias" de chapéu Panamá


Imaginem a cena, o sujeito chega vestindo um belo chapéu Panama incorporando um típico malandro, faz pose e conta histórias facinantes embaladas a músicas que nem o maior dos saudosistas lembraria. Neste momento rouba a festa, impressiona, e entre cantos e analogias finalmente desperta o interesse dos presentes. Porém como "o caminho entre o céu e o inferno é estreito", alguns destes trajados de chapeú Panamá ( que ainda acreditam que só a vestimenta é a ferramenta) continuam a cometer um dos maiores pecados que pode existir para o universo coletivo do samba. Isolando-se em seus conhecimentos e julgando-se detentores de verdades absolutas alguns (pois generalizar seria um lamentável equívoco) cantores, batuqueiros e estudiosos, ainda afastam através de momentos de extrema arrogância e estrelismo muitas pessoas que foram cativadas pelo fascínio de seus próprios discursos e músicas Não basta só um "chapéu Panamá" e cantorias para se fazer sambista. É preciso acima de tudo comunhão e humildade, pois são estas as ferramentas necessárias para exercer o que de melhor o samba fez, o ato de ensinar e aprender, neste conturbado coletivo de transformações , onde mesmo diante de dificuldades ele jamais se fez por vencido. por Fabio

sexta-feira, 10 de abril de 2009

O conterrâneo Alessandro Penezzi e Yamandu Costa em momentos descontraídos na noite piracicabana

O que poderia levar anos de ensaio à alguns músicos, aos virtuosos músicos Alessandro Penezzi e Yamandu Costa torna-se um animado momento de lazer. Registro disto foi o último dia 24 de março no restaurante Tambatajá (Piracicaba-São Paulo) onde após o show de Yamandu no Teatro Municipal de Piracicaba, Penezzi, Yamandu e outros amigos foram dar uma relaxada, termo absolutamente modesto ao que fizeram, no restaurante Tambatajá onde histórias animadas e momentos musicais mágicos animaram toda a noite. Abaixo dois vídeos onde peço atenção especial para Raíssa esta tímida jovem piracicabana que orquestrada por Alessandro Penezzi e Yamandu encantou os presentes. No primeiro vídeo Yamandu Costa e Alessandro tocam o choro 1 X 0 de Pixinguinha. Já no segundo vídeo a jovem Raíssa, dá em uma pequena demonstração de seu potencial talento cantando Hino de amor. por Fábio

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Polêmica no ar... Paulinho da Viola X Benito de Paula


O mundo do samba é rodeado de muitas polêmicas, Noel Rosa X Wilson Batista, Beth Carvalho X Clara Nunes e também uma polêmica não tão famosa assim, mas interessante, como a que se deu entre Paulinho da Viola e Benito de Paula. Quando Benito di Paula começou a despontar na mídia com seu samba "diferente" Paulinho da Viola lançou a música “Argumento”. Em sua música o portelense dizia:“Tá legal, eu aceito o argumento / Mas não me altere o samba tanto assim ....

De gravatinha, terno, cabelo comprido e piano, Benito di Paula fazia o povo requebrar com seu samba diferente. Foi logo tachado de brega pela mídia que também atribuiu na época a música "Argumento" de Paulinho como uma crítica ao seu trabalho que dispontava nacionalmente.

Benito como reposta ao que acreditou ser uma crítica do Portelense, lançou a agressiva música "Não me importa nada" cuja letra dizia o seguinte:
"Já não tenho hora, já perdi meu sono
Não me importo nada, eu lhe abandono
Você me aborrece, com opiniões
Você nem merece, nem me ver passar
Você quer que eu fale, mas eu vou dizer
Olha, eu só tenho que ter Pena de você
Você está perdido, se perdeu no tempo
Da cabeça aos pés, tá cheio de vento
Faça alguma coisa, deixa a gente em paz
Olha o campo verde, é todo seu, rapaz!"
Brega ou não, 20 anos depois o trabalho de Benito di Paula voltou para mídia através do grupo Revelação, regravando um sucesso de nome “Do jeito que a vida quer”. Quanto a Paulinho, em entrevista ao jornal O SAMBA, quando foi questionado sobre o fato acima, ele mostrou-se magoado com o boato e negou veementemente que o alvo fosse Benito: “Claro que não é para ele, eu nunca faria isso com um colega”, mais uma polêmica no ar recheada a uma ótima história. (Créditos desta postagem ao pessoal do Blog O samba é meu dom). por Fábio

terça-feira, 7 de abril de 2009

Programa Ensaio - Milton Nascimento - Nesta quarta 08/01 as 22:15


O Ensaio estreia a programação deste ano recebendo o cantor e compositor Milton Nascimento. No programa, Milton relembra de histórias que viveu ao lado da amiga Elis Regina, de quem “tinha medo”, segundo disse, e por esse motivo só foi dizer a ela que havia gostado de sua gravação da música “Canção do Sal” seis anos depois de lançada.Milton fala de sua primeira viagem aos Estados Unidos e de suas andanças por Nova York. Lembra que Agostinho dos Santos ao ouvi-lo cantar em um bar, disse que dali em diante o levaria para todos os lugares que fosse. Devido a sua recusa em participar de festivais, Agostinho inscreveu três canções do Milton no Festival Internacional da Canção, sem o seu consentimento. Dentre elas, estava Travessia, música em parceria com Fernando Brant, que conquistou o segundo lugar no festival e deu visibilidade nacional ao artista.No repertório do programa, músicas como “Nos Bailes da Vida”, “Caxangá”, “Caçador de Mim”, “Maria, Maria”, “Paula e Bebeto”, entre outras.A última participação de Milton Nascimento no Ensaio foi em 1995, acompanhado por Wagner Tiso.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Como hoje é segunda feira vamos no compasso do malandro - Mussum da Mangueira

De "butequis" em "butequis" que este iluminado sambista alegrava as multidões de fãs com sua irreverência, sempre envolta a momentos rodeados de samba e "cachassis", nos descontraindo ao ponto que nem pensavamos tanto na segunda feira, bem pelo menos a encaravamos com mais alegria. por Fábio

domingo, 5 de abril de 2009

Lundu um dos patriarcas do samba


Para muitos pesquisadores o samba separa-se através de dois processos, um mais relacionado ao corpo, através das danças envoltas a sensualidade e desenvoltura corporal e outro musical embalado a ritmos percursivos praticados pelos negros escravos. O Lundu também seguiu este processo. Estudiosos afirmam que foi trazido por escravos bantos, tendo como origem provável Angola e Congo. O Lundu em seu período mais "patriarcal" tinha como tema a dança. Escravos simulavam um convite sexual do homem à mulher; onde esta que a princípio simulava resistência durante a dança, entregava-se aos caprixos do homem ao final da mesma. Em decorrência da demasiada sensualidade, lubridade e apelo sexual, forte demais aos padrões da época (o inicio do Lundu data de meados de 1780) e por ter raiz na veia escrava, os nobres da época criaram represálias e proibição da dança. Para sua sobrevivência o Lundu se adequou, europerizando-se e adotando padrões mais "embranquiçados" onde mais "brandos", (a dança ficou menos sensual onde homens e mulheres dançam soltos, formando um semi-círculo onde cada par, após dançar no centro, volta ao seu lugar; dançando todos juntos no final ) fez surgir o Lundu-canção. Com letras comicas, o Lundu-canção disfarçou-se e difundiu-se para as classes dominantes, alcançando aceitação. Através deste disfarce imbutiu nos temas de suas letras amores condenados pela sociedade, exaltação a mulher negra e mulatos, sem abrir mão totalmente de suas características esculturais, tanto na forma ritmica quanto na de expressão corporal. Estudiosos afirmam que o Lundu foi a primeira música negra adotada pelos brancos dominantes em função de seu "amulatamento" citado acima. Do Lundu muitos outros ritmos surgiram como o maxixe, chote e até o próprio samba. Hoje alguns projetos tentam manter viva esta manifestação porém com o decorrer dos anos várias alterações na sua forma de expressão e indumentária já ocorreram, como a que veremos nos vídeos abaixo do grupo de lundu Marajoara. por Fábio

sábado, 4 de abril de 2009

Riachão e mais sobre a cultura soteropolitana

Menino, muleque e grande conhecedor do cotidiano de seu povo este é Riachão. Impossível ver e não se emocionar com a figura deste sambista que deveria ter como sobrenome o adjetivo alegria. Com vocês mais um pouco de Riachão e suas histórias bahianas.Não há samba sem alegria, Salve Riachão.por Fábio

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Papo de Bamba - Sapoty da Mangueira (Nega atrevida - 1975)


Nos terreiros quem mandava nos sambas de malandro eram as pastoras. por Monarco

Na época do samba de terreiro nas quadras das escolas de samba, mesmo que o bamba tivesse um bom samba, suas músicas só seriam aceitas e tocadas pela escola se as pastoras o "adotassem" e cantassem nas apresentações destes terreiros. E como o assunto é pastora, gostaria de falar-lhes sobre Sapoty da Mangueira ou Norimar Maria dos Santos, carioca da gema que já aos 15 anos desfilava pela Estação Primeira como passista, fazendo parte já aos 17 anos do famoso grupo de mulatas do "mulatólogo" Sargenteli. Ingressou na carreira musical em 1974 no Rio Fascination como intérprete, alcançando grande sucesso, e em meados dos anos 70 e 80 viajou por vários países como Itália, Holanda, França e Equador já executando um trabalho solo. Atualmente Sapoty é uma das pastoras da Velha Guarda da Mangueira e fez participações importantes com vários artistas, como o realizado no ultimo DVD de Chico Buarque intitulado Estação Derradeira. Com uma voz ousada Sapoty é emoção certa, dado o seu talento e desenvoltura. Com vocês Sapoty da Mangueira no Album Nega Atrevida, Isto é Papo de Bamba .
1. Siriê (Edil Pacheco / Paulinho Diniz)
2. Samba Portador da Alegria (José Reis / Antônio Damasceno / Jean Pierre)
3. Dia de Festa (Ederaldo Gentil)
4. No Reino do Gantois (Gilson Loiola)Senhora Mãe Menininha (Tatu / Nezinho / Campo)
5. Nega Atrevida (Waldomiro Pova / Antônio Damasceno)
6. Mais Uma Vez Mocidade Independente (Tatu / Nezinho / Campo)
7. Bloco da Arrelia (Mano Décio da Viola / Antônio Damasceno)
8. Oração ao Senhor (Gracia do Salgueiro / Gelcy do Cavaco)
9. Verde e Branco (Lino Roberto)
10. "Pot-pourri de Sambas-enredo" A Festa do Divino (Tatu / Nezinho / Campo)O Mundo Fantástico do Uirapuru (Tatu / Nezinho / Campo)
11. Pecador (José Messias)
12. Mitologia Brasileira (Nenéo / Quadrado)
Atenção: Este link encontra-se na Internet através de blogs e não é de responsabilidade dos membros do Projeto 14 Sambas devendo ser deletado de seu micro no período máximo de 24 horas.Recomendamos que adquiram o cd na intenet através de sites como http://www.buscape.com.br/ ou similares preservando os direitos do ator)

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Batuque na cozinha, nosso livro de receitas - A artesanal costela recheada

Nas fotos: Munra, Carica e Fifo
Vou lhes falar o que é uma verdadeira "Quizomba no Quilombola": samba de primeira, cerveja gelada e comida da melhor qualidade. E se o papo é comida esta rapaziada manda muito bem, ainda mais quando o assunto é a Costela Recheada, a primeira foto já diz tudo não?!?. Segura a receita da costela da rapaziada:

Ingredientes:
1 costela de aproximadamente 6kg
800g de lingüiça calabresa moída
1 cebola picada
500 gr de cenoura
6 dentes de alho amassados
1 xícara (chá) de cheiro verde picado
500g de de queijo provolone em cubos
200g de sal grosso para cobrir a costela
Papel celofane para assados
Modo de preparar:
Com uma faca grande faça um furo na costela. Numa tigela, misture a lingüiça, a cebola, o alho, o cheiro verde e a mandioca. Coloque aos poucos essa mistura dentro do furo feito na costela, intercalando com o queijo. Cubra com sal grosso. Pegue o papel celofane e dê quatro voltas em torno dela, levando ao forno por 4 horas na temperatura de 180ºC. Depois, tire o papel celofane, bata com uma faca para tirar o sal grosso e leve ao forno por mais 30 minutos para dourar. Adicione a tudo isto gente interessante e alegria e você se sentira em nosso ambiente. por Fabio

quarta-feira, 1 de abril de 2009

A dança de Pixinguinha e sua banda


Foto Pixinguinha e sua banda
Exitem achados que simplesmente são impossíveis de descrever através de textos sua importância e historicidade, sendo assim deixarei para que vejam pessoalmente este registro sedido pelo professor Thomas Farkaz, um filme que ele achou por acaso em suas coisas para a sorte dele e nossa. Aproveite e deguste este registro histórico com Pixinguinha, João da Bahiana, Donga, Benedito Lacerda e outros bambas dançando um Choro como você nunca viu. por Fabio